Aprender com a Natureza.

Muitos dos problemas considerados insolúveis teriam solução se a vida moderna nos permitisse aprender da natureza, que não é somente fonte de deleite, mas de instrução.

O comportamento dos elefantes jovens que cresceram sem a orientação e o controle dos pais, na África, estabelece uma perfeita analogia com o que acontece com crianças provenientes de lares desfeitos ou desajustados.

Criados sem os pais – mortos para evitar uma superpopulação da espécie – esses elefantes sofreram danos psicológicos irreparáveis, segundo os zoólogos. Sem a companhia dos animais mais velhos que exercem a função de educadores, não puderam desenvolver noções de unidade e hierarquia no bando. Por não terem sido educados a reconhecer limites, exteriorizam seus ímpetos assassinos contra os rinocerontes, companheiros de habitat, que violentamente derrubados, sentem sobre si o peso do inimigo e as suas presas enterradas em seu corpo.

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Não somos proboscídeos, nem vivemos em bandos, mas aí está a gênese de nossa miséria social, o germe da violência de cada momento. O que esperar e o que exigir de seres humanos que desde a gestação só conhecem uma vida cheia de abandonos e privações?

A família é, sem questionamentos, a primeira fonte da unidade material e espiritual com deveres sagrados de educar a prole, inspirada nos ideais de amor e solidariedade. No entanto, é também a família que muitas vezes contribui para levar a criança a uma situação irregular pela capitulação de suas obrigações essenciais.

A vida neurotizante que se leva, torna complexos os relacionamentos e os filhos acabam pagando o tributo do desacerto dos pais. São as vítimas da alienação do lar. Muitas vezes a primeira bomba na vida das crianças quem joga é a família.

Para muitos, a família inexiste e quando existe está totalmente desestruturada. É apenas ficção ou escola ruim. A figura paterna é ausente ou complacente, e a mãe sem recursos para assistir o filho material e afetivamente. Este é o mecanismo diabólico que faz girar a engrenagem da violência e provoca a dissolução das regras civilizatórias.

Estudos sociológicos do comportamento da juventude confirmam que o estresse ambiental predispõe à delinqüência como reação neurótica, acompanhada às vezes de sintomas psiquiátricos.

Nenhuma outra instituição no mundo pode contribuir mais para a prevenção desses fatores. O ambiente familiar é decisivo para favorecer a delinqüência ou evitá-la.

Se a família é verdadeiramente uma matriz organizacional, dirigida por pais interessados na formação equilibrada do caráter dos filhos, com limites claros respeitados e com valores éticos calcados na relação familiar, conseguirá atenuar todas as forças alienantes, com o poder terapêutico dessa instituição. Verdade que até os bichos podem nos ensinar.
Fonte:http://www.esperanca.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=180&Itemid=95

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